sábado, 9 de abril de 2011

Comemoração, Casamento e Gravidez

A Cristal aceitou o convite de pronto, mas me olhou com uma cara estranha. Parecia até triste! E quando perguntei o se estava tudo bem, ela respondeu: “Você não reparou em nada diferente?”
O quê? Não estava entendendo nada...


Minha luz me levou atrás de um biombo na biblioteca e me mostrou: Ela havia colocado a TV de plasma ali e tinha até um vídeo game. Esta é a melhor esposa que um sim poderia ter!
Então a Cristal explicou: “Percebi que você estava chateado ontem por causa da TV, mas na sala não dava para ficar. Hoje quando cheguei, lembrei que a biblioteca estava quase vazia...”
Nem a deixei falar mais, a abracei e agradeci emocionado.


Depois de prontos para sair, bati à porta da Acácia. Precisava de seus préstimos como babá, ela e o Olívio concordaram em tomar conta do pequeno. Fomos à pé até o centro e passamos bem na porta do Restaurante Aqui só tem Verde. Perguntei se podíamos jantar lá mesmo. Minha esposa adorou a ideia, nós comemoramos o nosso casamento ali.


Ficamos surpresos por encontramos o Kléverson justamente ali, afinal estamos morando no mesmo condomínio e nem o vimos por lá! Ele deve preferir ficar na rua a aproveitar as comodidades do condomínio.


Nos sentamos e ficamos olhando o cardápio por um tempo. Por fim resolvemos escolher o mesmo prato do nosso jantar de casamento, afinal há quase dois anos atrás nós nos sentamos neste mesmo restaurante para comemorar nossa união. Segundo a Cristal, bisteca de porco é a especialidade da casa.


Finalmente eu lembrei de contar sobre a namorada do Diamante. Com tanta coisa acontecendo num mesmo dia, acabei esquecendo de comentar mais cedo. Precisávamos decidir como agir diante desta história e se realmente poderíamos adotar mais uma criança.


A princípio ela ficou emocionada com a ideia do pequeno estar apaixonado em tão tenra idade. Depois relembrou a dificuldade de se encontrar a criança certa no sistema de adoção, mas ia ligar para a Maria na manhã seguinte e tentar descobrir alguma coisa sobre a tal Mita.


Enquanto o garçom não aparecia... Nada é tão bom como namorar a pessoa amada. Minha luz suspirava com meus simples carinhos em seu braço. E eu acabei pensando em desistir da comida e voltar logo para casa.


Quase lendo meus pensamentos minha luz olhou para mim e comentou que provavelmente o pequeno ainda estaria acordado e íamos acabar esquecendo do motivo de voltarmos cedo para casa. Era melhor apreciarmos este pouco tempo a sós. Como sempre ela tinha toda a razão. Ficamos ali, apenas apreciando estar na companhia um do outro.


Nós brindamos a nossa felicidade, a todas as nossas conquistas e a um futuro brilhante para os nossos filhos. Quando o jantar chegou, minha esposa percebeu diferença na bisteca de porco, não estava tão boa como da primeira vez. E eu completei: acho que nós dois estamos cada vez mais exigentes quanto à comida minha luz!


Ao terminamos de jantar, voltamos para casa. Paramos na frente do prédio e percebemos, apesar de amarmos muito o Diamante, às vezes era bom ser só nós dois. Ter um filho era muito bom, porém quase não sobrava tempo para sermos apenas um casal apaixonado e namorar. E isto se confirmou naquela mesma noite, quando o pequeno começou a chorar interrompendo nossa noite de comemoração.


Realmente não havia clima para comemorar com o nosso filho chorando. Corri ao quarto dele e peguei no colo, ele havia sonhado com a Mita de novo e desta vez o menino mau ficou de fora. Caraca, o Diamante se apaixonou de verdade!
O pequeno só se acalmou quando viu a mãe. Basta um olhar carinhoso dela para ele se tranquilizar


Na manhã seguinte a Cristal ligou para a atendente lá da Assistência Social. Perguntou como poderíamos localizar a Mita. A atendente foi muito solícita, mas precisava de uma descrição detalhada do bebê, pois nem sempre eles tinham o verdadeiro nome da criança no arquivo.


Provavelmente Mita era só o apelido da menina, Ia demorar um tempo, mas assim que tivesse notícias ligaria. A única descrição dada pelo pequeno eram as orelhas diferentes... Não era assim tão incomum orelha pontuda no mundo sim, principalmente em filhos e descendentes de Plantasim.


Naquele outono mesmo, Olívio não quis dar chance para o azar e resolveu se casar com a Acácia logo. Eles chamaram os velhos amigos da República.
Minha amiga fez questão de colocar o pequeno como pajem. Mas o meu filho tinha uma ideia muito interessante sobre isso e pensando ser a atração principal, no meio do caminho se sentou no chão. Claro, todo mundo achou engraçadinho... Mas sendo o pai, eu fiquei embaraçado com a situação.


Para completar a Cristal sentiu um enjoo repentino e correu para o banheiro bem no meio da cerimônia! Eu não fui atrás, pois depois do papelão do Diamante, não tinha cara para correr atrás dela. Como ela mesmo diz, era só mais um enjoo e eu não podia fazer nada mesmo! Quando os dois finalmente trocavam o beijo final, minha esposa voltou do banheiro. Olhou para mim e confirmou minha teoria: estava tudo bem!


Eu fui convidado a fazer o brinde aos noivos. Afinal sou o melhor amigo dos dois! Comentei sobre os seus percalços para comprovar a força de um amor verdadeiro, o amadurecimento deste amor ao longo dos anos. E finalmente eu declarei o quanto era importante cuidar deste sentimento, regando e mantendo firmes as raízes nas quais ele cresceu.


O Olívio cometeu a asneira de convidar a Jade, ela agora está casada com o Brandão... Mesmo assim, ninguém havia esquecido sobre ele ter traído a Acácia com ela. Muito menos a noiva, porém minha amiga retribuiu a falsidade cumprimentando a traidora com euforia.


Mas não deixou barato. Na hora de cortar o bolo, ela nem piscou e revidou num tom de troça, jogando um pedaço do bolo no rosto do noivo. E comentou: “Isto é por ter chamado a pilantra para o nosso casamento.”


Quem mais se divertiu na festa foi o pequeno, não parava de dançar em meio aos vestidos longos.


Ainda no outono, o Klaus também se casou. Ele convidou todo o pessoal dos dois Grêmios. Mas a Tifânia, não pode vir, está morando em outra cidade. Meu amigo estava tão ansioso para casar, que acabou buscando a noiva no meio do corredor. Na hora dos brindes percebi a Cristal sair correndo pelo gramado e fui atrás.


Encontrei-a mais uma vez colocando tudo para fora. Realmente, estes enjoos me incomodam muito. Pois para mim tudo é muito fácil, fico só com a parte boa do negócio: fazer o bebê. Depois é ela quem fica enjoada e carrega o peso do bebê para cima e para baixo. E por fim ainda tem as dores do parto. Tudo o que eu faço é olhar. Já me decidi, nem adianta minha esposa querer outro bebê, eu vou dizer não. Este é o último! Agora só adotando.


Naquela festa reencontramos novamente a Rita. Ela veio espezinhar a minha luz desta vez: “Ah, querida, a esta altura já esperava encontrar você barriguda novamente. Mas não me enganei de todo... É visível sua nova gravidez. Vai acabar sem tempo para sua carreira, enfiada dentro de casa, cuidando de um bando de remelentos.”


Cristal, nunca pede para entrar numa briga, mas quando a provocam...
Acabou por responder a provocação sorrindo: “Pois é, mas minha família não me impediu de conquistar o topo da carreira de jornalismo. E sempre conto com a ajuda do meu marido, também no alto da sua carreira como Designer de Games. Estes mesmos games os quais a distraem durante seus dias de tédio em casa, enquanto espera seu agente ligar e te oferecer um papel de estrela. Se um dia você chegar lá, é sempre bom estar com bons contatos na mídia... Talvez você deva sonhar mais baixo, querida!”


O rosto da Rita ficou deformado de tão arrasada com a declaração da minha esposa. Tive vontade de gargalhar na frente dela, mas sou educado, só dei um riso cínico e abafado.


Ela se afastou sem graça, limpando as lágrimas teimosas, que rolavam pelo seu rosto. Caracas! Nunca imaginei estar vivo para ver um pouquinho do sofrimento causado pela louca, voltar para ela. Bem, eu não sou perfeito: A-DO-REI! Fiquei curioso, como a Cristal sabia tanto sobre a vida da Rita?


Minha luz me relembrou as amizades entre as três companheiras do Grêmio (Rita, Tifânia e Britânia), quando morou lá já era amiga de todas. Mas a única mantida foi a Britânia, pois a Tifânia está morando em Vila Verona. A Rita, depois de ter tentado nos afastar tornou-se “persona non grata”. Como a Britânia ainda é amiga da Rita, comentou o desemprego da víbora com a minha luz, noutro dia.


Na manhã seguinte, minha luz entrou no terceiro trimestre da gravidez bem na minha frente! Foi muito legal, ela levou um susto de início, mas logo sorriu de felicidade. Acabamos por nos abraçar extasiados por ver a barriga crescer e confirmar a vinda de um segundo filho.


E o pai babão aqui, acabou sendo o primeiro a acariciar a barriga e a falar com ela. Tentei me apresentar, descobrir se era mesmo uma princesinha a caminho.


Por fim a Cristal comentou ter certeza que seria uma menina, não abriu nem espaço para discutir o sexo. Era e pronto! Como ela havia acertado o sexo do pequeno durante a primeira gravidez, nem vou duvidar. Se for uma princesinha, eu vou ficar muito feliz.


O Klaus não viajou em lua de mel e eu até me admirei, afinal o cara é rico. Naquele mesmo dia eu o encontrei e descobri o motivo: Ele adotou um menino! Eu não entendi nada, pois vi a Kéa tomando sol à beira da piscina, e a barriga com certeza era de grávida. Por que teriam adotado uma criança se tinham um bebê a caminho?


Eles estavam entrando no prédio e o moleque me pediu para brincar com ele. Como rejeitar o pedido de uma criança? Aproveitei para brincar de “achou!”, uma vez que evito brincar disso com o Diamante, para não ouvir o seu choro.


Quando o Alex se cansou de mim, o Klaus veio conversar comigo sobre a adoção. Começou avisando para falarmos baixo, pro moleque não escutar e me pediu para não contar nada a ninguém. Ele precisava desabafar.


O menino é seu sobrinho, filho de uma meia-irmã bastarda. O pessoal da Assistência Social entrou em contato com ele quando conseguiram descobrir sua identidade. Demorou um tempo para encontrar a família do Alex, enquanto isso ele viveu uns meses na Casa de Assistência.


A mãe do Alex era solteira e sua morte pode ser considerada tragicômica: um satélite caiu em cima dela!
Klaus nunca conheceu esta irmã, mas quando soube da sua morte e sobre o sobrinho órfão, nem pestanejou, pegou o moleque para criar como filho.


Fiquei abismado com a história, nem consegui pronunciar uma sílaba sequer. Era a segunda vez que ouvia sobre os satélites caírem em cima de sims... Eu adoro olhar para estrelas! Agora vou ficar com receio de me deitar na grama e ser premiado.


À noite, voltando do trabalho, vi a Cristal chorando no corredor do prédio. Fiquei apavorado. O bebê e o Diamante estariam bem? Corri até ela.


Quando me aproximei para abraçá-la, minha esposa me afastou e disse querer uma explicação para aquele buquê de flores. Olhei para o chão e vi o buquê de rosas vermelhas no chão com um cartão. Não entendi nada. O que significava aquilo? Enquanto me aproximei para ler o cartão, ela entrou dando as costas para mim.


Era um cartão assinado pela Jade, agradecendo pelo nosso encontro. Fiquei boquiaberto! De onde aquela maluca tirou a ideia de um encontro comigo? Nós só nos encontramos uma única vez há mais de três anos atrás. Como ela podia agora colocar flores em minha porta. Pior, com um cartão falando de um amor que nunca existiu. E ainda por cima mexer com as emoções da minha esposa grávida! Vou matar esta maluca!


Entrei em casa e vi minha luz em total abatimento sentada no sofá. Andei em sua direção disposto a conversar e passar a limpo aquela loucura da Jade. Porém, neste mesmo momento o Olívio entrou, adiando as explicações. Meu amigo pegou um bronzeado incrível!


Ele e a Acácia haviam viajado em lua de mel logo após o casamento. Passaram uns dias na Ilha Tiwikkii. Mas a surpresa ficou por conta da barriga da Acácia. Mais um bebê a caminho! Ia ser muito bom ver nossos filhos crescendo juntos. Isto se eu conseguir provar minha inocência para a Cristal.


O casal nos mostrou algumas fotos da viagem. De dia brincando de construir castelos de areia na praia. À noite aproveitando a proximidade do mar para admirar as estrelas no céu. Acho que eles não sabem dos satélites que podem cair sobre as nossas cabeças.


Então perguntei sobre a tradicional foto do mar. Eu queria realmente ver o mar, não a areia da praia. Afinal, nunca vi o mar! Olívio achou estranha a minha declaração. Perguntou se eu queria tanto ver o mar porque não ia até a Vila Água Azul? Lá havia uma praia com o nome da Vila: Água Azul.


Fiquei animado! Tinha uma praia tão perto assim de Bela Vista? Ah, eu ia lá de qualquer jeito. Acácia comentou ser melhor ir agora, antes do bebê nascer, pois não poderíamos levá-lo à praia conosco.


Eles se despediram de nós e agora me restava resolver a confusão armada pela Jade. Durante todo o tempo em que nossos amigos ficaram por aqui, a Cristal não deu um sorriso. Não sei como resolver esta confusão toda!


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