Finalmente o diploma!

Depois de estudar muito, resolvi ensinar meu filho a andar. Com um ano, já estava passando da hora de dar seus primeiros passos. Para acelerar o aprendizado eu lhe dei um pouco de leite esperto.

Levei-o para fora onde havia mais espaço. Enquanto ele tentava sair do chão, Cristal ficou observando, admirada com minha paciência. Graças ao leite esperto, em pouco tempo fui recompensado com a visão única do pequeno caminhando na minha direção.

Eu estava muito emocionado. Não tenho palavras para dizer o quanto é importante para um pai ver seu filho caminhar pela primeira vez. Você fica imaginando seu futuro, ele já adulto e a caminho da universidade, seu primeiro emprego e até meus futuros netos dando seus primeiros passos... Uma verdadeira viagem!

Minha luz ainda tinha gravado na memória o pequeno como um bebê carequinha em meu colo. Resolveu pintar para nunca esquecer desta fase de sua vida. Enquanto isso eu o levei para o troninho.e o coloquei para dormir.

Na cama comentei com a minha esposa sobre a emoção de ver os primeiros passos de nosso filho. Por fim elogiei sua pintura, ficou magnífica. Eu adorei a imagem do pequeno em meus braços. Ela comentou o sucesso da festa e perguntou o que eu achava do Olívio e da Acácia. Eu disse que com o tempo, ela ia acabar perdoando o ex-noivo, se ele continuasse a evitar as outras sims.

Na realidade eu não queria me preocupar mais com os dois. O tempo se encarregaria deles. Eu precisava era da minha luz com urgência!

Na manhã seguinte, o pequeno acordou bem alegre. E nós curtimos esta alegria juntos. Fiz mais leite esperto para ele com a intenção de ensiná-lo a usar o troninho sozinho. Ele está quase lá.

Eu fui para aula e deixei a Cristal ensinando a ele as primeiras palavras. Quando voltei, os dois ainda estavam às voltas com a linguagem.

O pequeno estava imundo de tanto se esfregar no chão. Decidi lhe dar um banho. De início ele estava meio relutante, mas acabou gostando. Ele já estava caindo de sono e eu o deixei no berço para tirar uma soneca.

Quando desci, a Celeste estava passando pela nossa calçada. Como eu não tinha certeza se a encontraria novamente, aproveitei para agradecer por ter me incentivado a cuidar da minha boa forma. Aliás, se não fosse por ela provavelmente eu não iria correr pelo campus... Eu poderia nunca ter conhecido a minha luz?!

Finalmente completei minha barra de avaliação acadêmica fazendo meu último trabalho da Universidade! Estava pronto para fazer a prova e me formar. Subi para ver o pequeno antes de sair para a prova final. E lá estavam: mãe e filho se divertindo a valer!

Quando voltei da prova, já com o grau máximo de excelência acadêmica, os dois estavam cantando juntos. Então lembrei a Cristal da prova para a qual ela já estava atrasada. Após sua saída apressada, resolvi ensinar o Diamante as primeiras notas musicais, mas ele não estava ligando nem um pouco para a harmonia...

Antes que ele caísse de sono, o deixei se virar com a papinha. Muito engraçado o moleque comendo com a mão, o melhor é que não se sujou nem um pouco!

Na hora de dormir eu o coloquei no berço e como sempre ele tentou me enrolar, puxando meu braço e balbuciando algo como fica. Mas é só eu virar de costas e ele desmaia no colchão.

Então comecei a avaliar que quadros eu queria levar quando fosse para Bela Vista. Percebi a presença da Cristal mesmo ela vindo de mansinho ao me virar para ela, sua cara já dizia tudo: aquele quadro da ponte ia ficar no chalé. Eu gosto muito do quadro com a flor de lótus no nosso quarto e pedi a minha esposa sua opinião.

Na mesma hora ela disse não. Então me dei conta: Cristal estava com ciúmes da Carmita, afinal os quadros eram todos seus! Embora minha luz fizesse o curso de artes e pintasse muito bem, não admitia alguém ser melhor pintora que ela. Isto é um pouco egoísta... Mas ela é só uma sim, tem seus defeitos, como todos nós.

Bem, Carmita havia me dado o quadro da árvore lá embaixo e aquele eu não poderia deixar para trás. Comentei isto com minha esposa e ela finalmente aceitou em levar um quadro que não tivesse pintado.

Apesar da inveja demonstrada pela minha luz, eu ainda sou apaixonado e mal me continha para “comemorar” a dois nossa aprovação na Universidade. Estávamos muito empolgados e passamos a noite “comemorando”... Hehehe

Eu nem dormi, deixei a Cristal dormindo no primeiro turno. Fui ver o pequeno, que já estava acordando. Ajudei-o a suprir todas as suas necessidades e o deixei brincando no chão quando o celular tocou.
Era a Manuela. Ela me perguntou se eu estava interessado em conhecer uma casa vizinha a dela, lá em Bela Vista. Nem pisquei, aceitei na mesma hora.

Ao sair a Acácia estava distraída com o namorado, então preferi levar o Diamante para conhecer a nova casa também. Lá, Manuela nos recebeu radiante. Já estava até com as chaves.

Não era muito charmosa, mas tinha um bom espaço, daria para colocar um sofá, TV, fogão, geladeira e até uma pequena mesa de jantar. No segundo andar o espaço dos quartos era ainda menor, mal ia caber o berço e a cama de casal. Mas tinha uma sacada, onde eu poderia colocar meu telescópio.

O melhor a Manu deixou para o final: tinha um pequeno lago atrás da casa! Foi quando caiu a ficha: eu e ela poderíamos pescar sempre que quiséssemos, pois íamos ser vizinhos. Nós nos despedimos e voltamos para UNESIM.

Nossa turma era bem grande, todos ali para se formar, sentados e esperando receber o tão sonhado diploma. E adivinha quem era o orador da turma?

Eu mesmo! A maior honra que já recebi na vida. Eu me considero um cara de sorte, uma esposa maravilhosa, um filho lindo, vários amigos, orador da turma... Tudo perfeito!

Quando terminei meu discurso, percebi o Olívio e a Acácia discutindo. Todos estavam de olho neles, mas eu não consegui ouvir nada lá de cima. Ao final da cerimônia abracei a Su que era a paraninfa da nossa turma.

A surpresa ficou por conta do Klaus, ele se declarou para a Professora Kea bem na frente do Reitor da Universidade. O cara ficou em estado de choque, seus olhos quase saltaram das órbitas!

Chamei o pessoal para comemorar lá em casa. Todo mundo estava se divertindo, quando o Olívio me chamou até a sala para contar o motivo da discussão com a Acácia.

Acomodados no sofá, ele me cofessou: “Ontem, antes da prova final, a Acácia passou lá na República e estava me esperando deitada na minha cama. Logo me perguntou por que eu tinha tirado a cama de casal. Fiquei sem graça, mas contei a verdade, não suportava mais dormir sem ela naquela cama enorme!”

“Então ela começou a discutir, se eu não tivesse ‘prevaricado’ por aí, ela ainda estaria na minha cama.”

“Não resisti e falei: Você é única sim com quem eu desejo partilhar aminha cama, as outras foram tolices de um cara apavorado com a ideia de se amarrar para sempre, mas este sim não existe mais.”

“Quando percebi, faltava menos de duas horas para a minha prova, mesmo assim eu estava disposto a perder meu diploma e passar a noite com ela, no quarto da Kênia.”

“Depois do oba-oba ela saiu correndo, eu fiquei ali, olhando para ela escapando de mim novamente. Estava na hora da prova e fui atrás do diploma.” Eu nem sabia o que dizer depois da revelação dele, afinal ela e o Sérgio estavam no maior amasso hoje de manhã... Eu não deveria, não depois de tudo que ele fez, mas fiquei com pena do meu amigo.

Ao voltar para festa, fiz um brinde com meus amigos. A intenção era saudar a nossa vitória final na Universidade e a uma nova vida, prestes a começar.

A festa rolava solta e o pessoal já estava se agarrando na pista, até meus amigos indecisos (ou será apenas amiga indecisa?) voltaram a conversar. Olívio e Acácia pareciam se entender novamente. Sei lá até quando esta trégua vai durar!

Mas começou a chover granizo e um a um, todos os convidados foram saindo com a mão na cabeça, correndo das pedradas de gelo!

Quando todo mundo dispersou o sol abriu novamente! Eu e minha luz fomos aproveitar nossa última tarde na Universidade, namorando um pouquinho. Hehehe

À noite, fomos à última festa da toga lá no Grêmio dos rapazes. Mal entrei e nem acreditei: festa lotada e o povo já estava na maior “pegação”... Queria até tapar os olhos do pequeno, ele era muito novo para ver aquilo!

O Olívio veio logo me perguntando sobre a Acácia. Que situação! Eu a deixei em casa com o namorado. Ao ouvir aquilo, o cara saiu correndo feito um desesperado. Fiquei preocupado, com medo dele fazer alguma besteira. Mas precisava deixá-lo resolver seus assuntos sozinho.

No meio da festa o Laurindo e a Rita começaram a dançar o hula-hula que aprenderam na ilha. Todo mundo aderiu, até o Diamante queria aprender!

Cansado da folia, me sentei no jardim. E justo quem veio falar comigo? A megera da Rita. A maluca não toma jeito. Depois de tudo o que ela fez, ainda tem o descaramento de falar comigo, e pior: flertar! Qual parte do meu casamento e amor pela Cristal ela não entendeu?

Então ela me perguntou se eu tinha gostado do presente. Caraca! Só podia ter sido esta víbora a mandar a poção de Plantasim para mim! Um verdadeiro presente de grego.

Saímos da festa cedo, deixei a Cristal levar o pequeno já caindo de sono para casa. Antes eu passei na República para saber do Olívio. Tava preocupado com o cara. Ao chegar, avistei uma figura sinistra na janela, me deu o maior calafrio, mas não me deixei levar pelo medo.

Entrei e dei de cara com aquele ser estranho e aterrador. De repente aquela coisa foi sumindo no ar. Fico arrepiado só de pensar: finalmente eu vi o tal fantasma da República!

Adentrei o quarto do Olívio na maior agitação com a descoberta e nem me lembrei de seu problema. Fui logo contando sobre o fantasma, ele riu da minha cara e agradeceu por ter melhorado o humor dele.
Ele realmente nunca acreditou nesta história de fantasma...

Foi quando me toquei do motivo de estar ali e perguntei como ele estava. Sua resposta foi de confiança no futuro: “Ah, brow, o que tiver de ser, será! Ela pode não estar comigo hoje, mas tenho certeza, um dia Acácia será minha esposa!”

Acreditei nas palavras do meu amigo, mas ao chegar em casa me deparei com a Acácia e o Sérgio no maior amasso. É, meus amigos podem até ficar juntos um dia... Mas muita água vai rolar antes disto acontecer!

Depois de ter embalado tudo e colocado na mochila, eu e minha família esperamos o transporte para nos levar a Bela Vista. O pessoal da Sociedade Secreta mandou a limusine para a gente! Sô chique bem! Finalmente nos despedimos da vida de universitário em grande estilo.

Mas a minha maior lembrança do meu último dia na Universidade ainda é o rosto do Fantasma da República! Horripilante...

O Fim?
Para quem não sabe: Este é o final apenas da primeira parte! Hehehe
Agradeço quem acompanhou até o fim. Espero que tenham gostado da história.
Obrigada pela atenção.
Forte Arvoredo

Último ano, já?!

Nem acreditei. Eu só conhecia a vida na Universidade, agora estava na reta final, em menos de um ano estaria formado e vivendo em Bela Vista com minha família.

O pequeno continuava lindo e só chorava quando esquecíamos de cuidar das suas necessidades, era seu único meio de comunicação. Ele ainda não falava, mas é um dos meus melhores amigos! Meu amor pela Cristal só não aumenta mais porque nossas barras de relacionamento já estão no máximo.

Acácia ficou sabendo do envolvimento do Olívio com as “amigas da República”. A Kênia veio aqui só para contar, pois queria saber se ela estava chateada. Grande "amiga"! Sabendo toda a história com detalhes, minha amiga não conseguia perdoá-lo. Mesmo assim, sei o quanto os dois ainda se amam... É muito triste acompanhar os desacertos dos dois.

Por fim ela arrumou um namorado, o cara já está formado, mais ainda corria aqui no campus. Eles se conheceram, mais ou menos como eu e a Cristal. Muitas vezes eu chegava da aula e os dois estavam namorando no sofá.

Olívio quando soube da história acabou se tornando o “rei do oba-oba”. Ele já saiu com quase todas as garotas solteiras do campus. E acho que foi o décimo quinto da Rita, a esta altura ela já deve ter completado os vinte!

Eu fui à minha última pescaria com Manu lá na República. Ela se formou e queria se despedir. A sua sorte com os peixes não mudou. Desta vez levou o maior tombo!

Cristal aproveitou para fazer belos pratos com os peixes: bagre defumado, robalo com abobrinha... Todos deliciosos.

Dos meus amigos, além da Manuela, a Cíntia, o Castor, o Kléverson e o Laurindo estão formados. O Natanael que morava na República e também a Rita fazem parte da turma de formandos. Aliás a víbora, depois da festa de formatura sumiu! Uns dizem que foi com o Laurindo para Ilha Tiwikkii. Já vai tarde!

Contando com a Acácia de baby-sitter, eu e minha luz saímos um pouco sozinhos para não cair na rotina. Às vezes vamos ao parque aqui do campus mesmo. Só pra namorar olhando o lago ou brincar no balanço. Não vejo a hora de trazer o Diamante para passear no parque...

Outras jantamos fora em algum restaurante na cidade. Gostamos muito do hambúrguer da Lanchonete Anos 50 e do Filet Mignon da ADM.

Adoramos sair para dançar e conhecemos todas as boates de Bela Vista! Quando a Cristal não resolve dar uma de DJ, dançamos a noite inteira.

Mas temos um roteiro favorito: vamos ao Ovo Retângulo comer camarões, atravessamos a rua para comermos as deliciosas sobremesas da Hub e por fim vamos para a pista dançar a noite toda. Gastar todas as calorias do jantar. Minha esposa dança de forma muito sensual e me deixa babando na pista.

Quando chegamos a casa tudo o que eu quero é fazer oba-oba com ela. Agora nós dois usamos o controle de natalidade. Embora estejamos muito felizes com nosso precioso Diamante, eu ainda não me recuperei do susto do parto. Minha luz ri de mim e diz querer outro filho quando se formar.

Na última manhã da primavera, um furgão da simdex parou na frente da nossa casa. E assim que a campainha tocou, Cristal correu para atender. Era a entrega do seu livro! Veio toda feliz contar sobre o livro de contos que mal tinha sido editado e já vendia aos milhares.

Fiquei entusiasmado, pois isso somou muito dinheiro para nossas economias. E a felicitei pelo sucesso. Isso será de grande valia para sua carreira de jornalista.

Sentei para ler o primeiro conto: O Vôo do Peixe. Este também era o título do seu livro e fiquei entretido com a excelente história criada pela imaginação fértil de minha luz. Enquanto isso ela cuidava do pequeno.

Não resisti e convidei nossos amigos para comemorarmos o sucesso da Cristal. Brindamos juntos a uma carreira brilhante como escritora e jornalista.

A festa se estendeu até meados da noite... Por um momento eu nem acreditei: Acácia e Olívio dançando juntos? Sérgio, o novo namorado, nem percebeu os olhares apaixonados dos dois.

Eu continuava a estudar muito além de me manter atento aos meus afazeres de marido e pai. Em pouco tempo mais um semestre se passou e se aproximava o aniversário de um ano do pequeno.

Foi quando deixaram uma caixa em nossa porta, eu a abri curioso: era um frasco com uma poção. Passei alguns dias com aquilo, tentando descobrir o que era e quem o mandou para mim.

Enquanto eu não descobria nada sobre a poção, os dias iam passando... Cristal começou a escrever um novo livro. Ficou empolgada com o sucesso do primeiro.

Olívio deixou de ser “persona non grata”, lá em casa, desde a festa. Acácia agora conversa com ele normalmente, mas ainda está namorando o Sérgio.

Meu amigo me confidenciou ter deixado o título de “rei do oba-oba” de lado, na esperança de reconquistar a ex-noiva. Ele resolveu parar de sair com as outras sims e investir na única que realmente ama. Finalmente!

No quarto, minha luz falou o quanto Acácia estava impressionada com o ex-noivo, mas ainda não estava disposta a perdoar todas as “escapulidas” dele. Afinal o Sérgio era um cara muito bom para ela. Eu realmente estou apostando no amor dos dois, mais dia menos dia voltam a ser um casal. A conversa é sempre boa... Mas nós temos coisa melhor para fazer na cama...

Eu olhava para a tal poção todo dia, minha curiosidade venceu e bebi a tal poção. Foi tudo muito estranho... Meu estômago se revirou, algo muito louco estava acontecendo comigo e não era nada agradável.

Quando tudo terminou corri para o espelho, eu sabia que estava diferente. Para minha surpresa, eu havia me transformado em um PlantaSim. Por um instante fiquei chocado. Depois comecei a perceber as vantagens em ser um sim planta: tinha apenas três barras de necessidades e passei a apreciar minha nova condição.

Minha vida seria muito melhor, teria mais tempo para estudar. Poderia ficar ao lado do pequeno a noite toda, assim ele não acordaria a casa, quando precisasse comer ou trocar de fralda. Eu estava feliz com a mudança e quando Cristal chegou fui até ela “mostrar” a novidade.

Mas, ao me ver naquele estado, saiu correndo. A princípio não entendi bem e fui atrás dela. Ela começou a gritar apavorada: “socorro monstro, monstro!” Aí compreendi, minha esposa não me reconheceu, estava com medo de mim!

Esperei seu medo passar, sentando na frente da casa. Ela olhou diretamente para mim, e percebeu que eu não lhe faria mal algum. Depois de um tempo se sentou a minha frente e finalmente me reconheceu.

Perguntou o que havia acontecido. Eu contei sobre a poção e a minha curiosidade. Ela quis saber se havia cura. Como eu ia saber? Nem queria ser curado... Estava gostando de ser Plantasim. Por fim ela concluiu: “Forte, você sabe o quanto eu te amo, mais não consigo nem pensar em beijar você assim... Tem certeza que não há uma cura?”

A declaração da Cristal foi uma decepção para mim. Fiquei muito magoado, me afastei dela e fui ficar com meu pequeno. Ele nem notou a diferença. Se não fosse o Diamante meu dia teria ficado muito ruim. Mas a alegria dele me contagiou e acabei apreciando a tarde ao seu lado. E claro, cuidei de suas necessidades até a hora do jantar.

Foi quando as coisas se complicaram: eu não sentia fome. Embora o cheiro fosse delicioso, e eu até pudesse comer, não apreciava mais a comida como antes. Minha esposa mal olhava para mim. Acácia estava constrangida com a situação.

Quando elas se retiraram para dormir, eu não sentia sono. Fiquei zanzando pela casa procurando algo com o quê me distrair. Mas até o pequeno dormiu feito anjo. Resolvi sair para correr e espairecer um pouco. Limpar a mente e tentar entender o que estava acontecendo comigo.

Quando voltei, continuava sem sono, e percebi, que nunca mais ia poder dormir junto a minha luz. Plantasims não dormem...

Pouco antes do sol nascer saí correndo para rua, precisava da luz do sol para repor minhas energias. Sentia-me fraco e desanimado, eu senti uma vertigem, e só percebi meu corpo cair...

Levantei meio atordoado, e o sol já estava alto. Só por isso me dei conta: eu havia desmaiado por falta de sol. Ao entrar em casa vi minha esposa chorando e Acácia tentando consolá-la. Ela estava preocupada com o meu desmaio. Sentia medo da minha nova condição acabar me matando!

Quando olhei para o rosto triste e banhado de lágrimas da minha luz, me senti o pior dos sims. Minha esposa sofria só por eu ter gostado da ideia de ter apenas três barras de necessidades. Lembrei do quanto a Acácia sofreu com o Olívio e eu nada pude fazer, desta vez eu podia.

Estava sendo egoísta, estúpido e teimoso, devia procurar logo a tal cura. Depender da luz do sol para repor minhas energias ainda ia acabar comigo e meu relacionamento com minha família, ser Plantasim limitava minhas atividades diurnas e noturnas.

As desvantagens eram tantas que não compensavam:
1. Estava fazendo a sim amada sofrer.
2. Não conseguia dormir e muito menos passar a noite com a minha luz nos braços.
3. Não mais podia apreciar uma boa comida.
4. Tinha que passar a maior parte do dia do lado de fora da casa, pegando sol.
5. Vivia com sede e tinha que me banhar ou beber água constantemente.
6. Eu cheirava como uma planta com fungos e musgos.
7. Estava verde e meus olhos ficaram amarelados.

Acácia, preocupada com a Cristal, veio conversar comigo: “Forte, dê um jeito nisso! Sua esposa está estressada com esta história de Plantasim e sente muito a sua falta. Embora você tenha se empolgado com isto ontem, percebi que também está desgostoso com esta situação.” Minha amiga estava coberta de razão. Mas eu nem tinha ideia de como voltar a ser um sim normal.

Ela sabia: “Existe uma poção do Clube de Jardinagem que pode fazer você voltar ao normal. Ligue para eles e compre a tal poção. Só queria entender como você conseguiu se tornar Plantasim se nem ao menos tem uma plantação em casa.”

Contei a ela sobre o presente. Ela me perguntou como alguém teve a ideia de deixar um presente destes em minha porta. Parecia mais uma desforra. Aquilo me deixou preocupado, mas desencanei. Liguei para o Clube de Jardinagem e assim que a Zarubin chegou pedi a tal poção e a dispensei.

Tomei a poção e a transformação no estilo “The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde” começou. E dói: mas voltei a ser o sim normal, tudo igual a antes. Ainda bem!

Quando minha esposa me viu, se atirou em meus braços. Estava feliz por eu estar normal de novo. Pediu meu perdão diversas vezes, havia ficado magoada com minha relutância em procurar uma cura.

Percebi o quanto nós dois havíamos sido imaturos e egoístas com a questão, deveríamos ter conversado e expressado melhor nossas divergências. Mas aprendemos uma lição valiosa: ouvir mais um ao outro. Bem, estávamos mais do que dispostos a perdoar nossas falhas e nem esperamos anoitecer...

À tarde, fomos ao parque pescar, mas a Cristal é tão ou mais desastrada que a Manu. Quando chegamos o segundo livro da minha esposa estava na porta de casa, e mais 12 mil simleons em nossa conta. É claro, eu a admirei por tanto sucesso, não era coincidência ou acaso: minha luz é uma excelente escritora e faz muito sucesso.

No dia seguinte, foi o aniversário do nosso precioso Diamante. Um ano! Então combinamos chamar todos os nossos amigos, para comemorar. Nós iniciamos a festa soltando fogos, para animar o pessoal. Aniversário de um ano, acaba sendo para os pais mesmo... Afinal, o pequeno nem sabe andar!

Cristal estava empolgada com os fogos. Não queria parar as comemorações por nada! A festa estava bombando! Enquanto a Acácia era “amassada” pelo namorado, Olívio tentava fazer de conta que não estava vendo nada.

Porém, quando o Sérgio se distraiu, ele foi logo chamando a amada para dançarem juntos! E pelo visto, ela estava gostando muito das atenções dos dois. Ainda bem que o seu novo namorado não é ciumento... Eu não ia querer uma briga no aniversário do Diamante.

Tinha mais gente do que o que cabia no lote. Também, o pequeno era a única criança na Universidade, todo mundo queria conferir o crescimento dele e se reuniram para cantar parabéns. Estávamos ansiosos para ver como ele ia ficar depois da transformação.

Fiquei feliz em vê-lo tão crescido! Meu filho era um belo menino de 1 ano. Eu mal podia acreditar no quanto o pequeno tinha se modificado naquele curto espaço de tempo. Minha luz estava feliz com o filho crescido no colo, mas achou que sua aparência podia melhorar e foi dar uma ajeitada.

Quando ele voltou, todos adoraram seu novo penteado. O pequeno se misturou com o povo e só queria saber de dançar. A festa terminou com um sucesso estrondoso e logo o pessoal se dispersou e foi para casa.

Naquela mesma noite eu e a Cristal nos dedicamos aos estudos para compensar o tempo perdido com a festa e poder finalmente ganhar o almejado diploma.