domingo, 13 de março de 2011

Ajuda Nem Tão Secreta Assim

Ela não me viu e por sorte consegui escapar da Rita! Ao chegar à praça, a Brenda acenou para mim. Ainda estava vestindo a toga, como na noite passada... Mal cumprimentei minha amiga e fui logo perguntando se ela já sabia do sumiço do pequeno.


Ela caiu para trás e acabou sentada no banco, ainda bem que estava ali, bem atrás dela. Brenda perguntou como isto havia acontecido, uma criança não podia sumir assim, alguém devia saber alguma coisa...


Eu contei tudo: a ida ao chalé, a Amélia não estar em casa, a Sociedade Secreta (Ela faz parte da Sociedade também) estar vasculhando a universidade, o reitor e a segurança da UNESIM. Falei da minha disposição em continuar a procurar o pequeno, até encontrar.


Na mesma hora ela se ofereceu para me ajudar, conhecia muitos dos funcionários do campus. Alguém deveria saber de alguma coisa. A esta altura eu estava aceitando qualquer ajuda. Já passava do meio-dia: doze horas sem o meu pequeno! Então caminhamos na direção das lojas.


Enquanto a Brenda conversava com os funcionários, eu procurava por alguém da Sociedade Secreta. Quem sabe algum deles tinha alguma novidade? Eu não conhecia este pessoal mais novo. Porém, sei como encontrá-los, todos usam um paletó preto com emblema de lhama.


Encontrei o Geraldo Espumoni, ele é um dos líderes atuais da Sociedade. Nós mal nos conhecíamos, eu sempre o cumprimentava de longe quando ia à sede. Entretanto uma forma de avivar a memória dele era fazer o aperto de mão da Sociedade Secreta, assim não restariam dúvidas e seria visto como um membro.


O Geraldo logo percebeu quem eu era: “Você é o Forte, né? Não se preocupe estamos cuidando de tudo... Parece que uma van azul entrou na UNESIM na madrugada de hoje. Estamos rastreando o veículo, pois foi o único de fora a entrar aqui, mas ninguém anotou a placa. Assim que tivermos alguma notícia nós ligamos para você ou sua esposa.”


Depois disto eu só fiz agradecer, atônito! Este pessoal da sociedade é bem influente. Brenda ainda estava conversando com o barman... Resolvi perguntar ao caixa da loja em frente, se ele sabia algo sobre o pequeno, ou ainda a tal van azul. Mas o rapaz não sabia de nada.


Voltei ao bar e a Brenda veio me contar suas descobertas. Ela se aproximou para me contar sobre a van azul... Nenhuma novidade, mas um funcionário contou para o outro, e a história da van está rolando por aí. Talvez descobrindo quem realmente viu, saberemos como era o motorista e se ele estava com o Diamante.


Caminhamos até a biblioteca, quando o meu celular tocou e eu atendi de imediato. Era a Cristal com novidades sobre a Assistência Social. Ela finalmente conseguiu falar com eles. Ficou uma hora na espera até ser atendida pelo 0800.


Quando finalmente conseguiu falar com alguém, ficou mais meia hora na espera quando repassaram para a pessoa certa. A “burrocrata” não sabia nada, apenas depois de vinte e quatro horas eles fazem uma vistoria em todas as crianças novas na instituição.


Minha esposa perdeu a paciência: ”Não é possível! Alguém deveria saber se um bebê de um ano e três meses foi achado na UNESIM, afinal ele era a única criança por lá!”


A mulher do outro lado da linha pediu calma a minha luz e disse para ela ligar às dezoito horas, quando os relatórios do dia anterior eram entregues. Ela ia fazer o possível para encontrar nosso pequeno.


Minha luz descreveu o Diamante com detalhes e agradeceu a burocrata pela paciência, não podia se indispor com ela. Pelo menos tinha alguma esperança: “Nosso filho deve estar sendo bem cuidado por um bando de assistentes sociais. No final da tarde teremos notícias dele.”


Aproveitei para falar sobre a ajuda da Brenda, a van e a história da Tifânia estar se mudando para outra cidade. Reencontrei minha amiga na porta do café, bem ao lado da biblioteca. Não tinha nada novo para me contar e resolvemos andar até a praça.


Lá encontrei um outro conhecido da sociedade secreta, estava conversando com ele, tentando saber alguma novidade, enquanto a Brenda conversava com o barrista.


Eu estava distraído com a conversa, embora ele não soubesse de nada sobre o pequeno. Aí chegou a bendita da Rita para atrapalhar: “Oi, Forte!” Eu nem acreditei na desfaçatez desta louca!


Começou a rir na minha cara: “Já cansou da santinha? Sabia que mais cedo ou mais tarde você ia acabar largando a Cristal com o filho em casa e procurar diversão em outro lugar. Estou bem aqui!”


Eu fiquei irado! Minha vontade era cair matando aquela víbora. O rapaz da sociedade ficou indignado com a inoportuna interrupção. E resolveu dar o fora antes de sobrar para ele.


Então comecei a esculachar a atrevida. Onde já se viu vir me assediar, justo num momento como este? A maluca precisava de internação! Este negócio de conseguir fazer oba-oba com todo mundo a estava tornando cada vez mais convencida. Eu realmente não sabia o que fazer para me livrar da Rita.


Resolvi dizer a verdade: olha só, você pode até ser muito bonita, atraente e sedutora, mas E-U-N-Ã-O-Q-U-E-R-O N-A-D-A-C-O-M-V-O-C-Ê! CHEEEGA! Some da minha frente, você está me fazendo odiá-la! E vai ser o primeiro sim a conseguir isto de mim. Está satisfeita? Então vai! CHÔ! E não é que ela foi mesmo?!


Eu e a Brenda caminhamos até a torre antiga da universidade. Ao chegar, ela logo foi conversar com uma sim da Sociedade e eu levei o maior susto!


Tinha dois Geraldos Espumonis a minha frente!
Eu já havia ouvido falar sobre sims serem clonados durante encontros e o quanto este tipo de clonagem podia fazer um relacionamento terminar em um segundo. Porém nunca acreditei.


Agora diante dos meus olhos eu tinha a prova: é possível sim! E ainda por cima conversavam entre si na maior calma, parecia tão normal para eles... Como ele conseguiu isto? Um dos Espumonis saiu e o outro veio conversar comigo.


E comentou: “A auto-clonagem é uma prerrogativa dos líderes da sociedade secreta. Podemos fazer isto em casos complicados... Não posso falar mais, pois é passado de geração a geração e somente de líder para líder.” O Geraldo não explicou nada... Mas pude entender que era mais um segredo da sociedade secreta. Para conhecer mais este preciso me tornar um líder. Quem sabe, num próximo diário?


Por fim ele disse: “Meu clone foi conversar com a segurança obter mais informações sobre a van e eu fui ao reitor, até agora só sabem uma coisa – quem usa van azul é o pessoal da Assistência Social. Ainda não se pode afirmar nada, pois ninguém de lá confirma ter vindo a UNESIM noite passada.”


É, eu ainda não tinha certeza, mas era bem provável que o Diamante estivesse seguro junto à alguma assistente social. Pelo menos, alguém estaria cuidando dele.


Teria outras crianças para brincar com ele, estaria bem alimentado e limpo. Queria acreditar nisto! Ficava menos preocupado imaginando o pequeno bem tratado e junto a outras crianças, se distraindo.


Eu e Brenda fomos até a União Estudantil, ver se alguém sabia alguma coisa sobre o Diamante. Encontrei dois membros da sociedade jogando sinuca e me aproximei esperando conseguir alguma informação nova.


Minha amiga também não perdeu tempo e procurou conversar com outros estudantes para descobrir algo mais. Fiquei algum tempo ali escutando as informações dos dois rapazes, mas eles sabiam o mesmo que eu.


Deixei-os jogando e fui. Mesmo porque eu não tinha muita cabeça para jogar. Aliás, nunca fui muito fã de sinuca, não ia mudar isto hoje. Eu prefiro vídeo games. Continuamos a caminhar e paramos na torre nova. Como sempre Brenda abordou outra jovem sim em busca de respostas.


Eu já estava cansado de rodar por aí e não encontrar nenhuma resposta. Subi as escadas da torre pensando o quanto sentia falta da minha família. Nunca fiquei afastado deles por tanto tempo.


Olhei pela janela e soube, eu não podia desistir agora apesar da minha apatia. A van azul era da Assistência Social, mas não tinha certeza se o meu filho estava com eles. Precisava descobrir quem viu a van e se o pequeno estava dentro dela!


Eu estava muito tenso, resolvi entrar na hidro por um minuto e relaxar um pouco. Percebi cada músculo do meu corpo contraído e uma tristeza profunda tomando conta do meu ser... Isto tudo parecia um pesadelo. Queria acordar abraçado a minha esposa, levantar e ver o pequeno dormindo em seu berço.


Distraído com este momento de lamentação, nem percebi o tempo passar. Até uma Plantasim pular para dentro da banheira. Ela percebeu minha apatia... Perguntou se podia ajudar soltando alguns esporos da felicidade.


Eu agradeci, mas sabia ser impossível mudar meu humor com simples esporos da felicidade... Eles só iam aumentar minhas barras de necessidades, não trariam meu filho de volta. Contei a história toda para ela, para não parecer mal-educado. A Plantasim ouviu tudo com atenção e parecia sinceramente comovida com a minha situação.


Por fim me deu uma valiosa dica: “Hoje eu fui malhar no ginásio e acabei tomando o café da manhã por lá. A cozinheira adora uma fofoca e me contou sobre a van azul, uma estudante comentou ter visto a van apanhar um bebê. Talvez ela saiba o nome da sim.” Não pensei duas vezes! Saí da hidro correndo para ir ao ginásio.


Brenda não perdeu tempo, como conhecia bem a cozinheira e eu estava muito afobado, foi logo perguntando sobre a história. Não queria que eu metesse os pés pelas mãos. O melhor a fazer era tomar um bom banho quente no ginásio, aproveitando para afogar minha ansiedade e apreensão.


É claro, o banho na hidromassagem foi bem superficial, eu realmente precisava de um banho decente com uma barra de sabão. Havia andado o dia todo e já passava das dezoito horas... Então lembrei: esta era a hora da Cristal ligar para a Assistência Social! Eu precisava ligar para a minha luz! Mas onde estava meu celular? Eu o perdi? Aí me dei conta: o bug do VA* me pegou! Meu celular foi para o limbo...

*Quando a EA lançou a expansão Vida de Apartamento, em alguns jogos, os celulares sumiam do inventário dos sims quando era usado.


A Brenda ainda estava conversando com a cozinheira e eu ansioso para ir até a sua República usar o telefone. Acabei ouvindo o final da conversa: “...quem me contou foi uma moça de óculos de lente verde, com cabelos pretos escorridos, se veste de preto e usa um batom escuro.” Só podia ser a Amélia, tinha que ser ela!


Como a República era em frente ao ginásio, praticamente só atravessamos a rua. Minha amiga me contou toda conversa com a cozinheira, mas eu tinha ouvido a parte mais importante. Comentei com ela sobre o celular e ela percebeu ter perdido o seu também.


Mal entrei na República e a Giuliana veio me perguntar sobre o pequeno, estava apreensiva por alguma notícia. Minha esposa e ela eram muito amigas, provavelmente foi uma das primeiras pessoas a receber um telefonema da Cristal.


Eu estava ansioso para usar o telefone e descobrir alguma boa notícia. Então pedi licença a Giuliana e disse que responderia a todas as suas perguntas após falar com minha esposa. E finalmente liguei para casa, sob a supervisão da ansiosa amiga da Cristal.


Como foi bom ouvir a voz da minha luz! Embora eu percebesse certo abatimento no seu tom, o mais importante é poder escutá-la.
Ela perguntou: “Ah, Forte, quando você vai voltar?” Notei um tom de melancolia em sua voz, ela estava sentindo a minha falta.
Respondi: Assim que falar com a Amélia, primeiro vou passar no Olívio e ver como ele está.


Então ela comentou: “Eu já falei com a Maria, a sim que me atendeu mais cedo na Assistência Social.”
A funcionária a reconheceu na mesma hora e disse ter encontrado um bebê na idade do nosso filho na UNESIM. E ele estava em uma das casas de assistência. Porém, não havia nenhuma descrição do bebê ou foto.


Minha luz perguntou: “Onde é esta casa? Vou agora mesmo até lá e num instante eu digo se ele é ou não meu Diamante!”


Mas a sim foi contundente dizendo que eles não podiam permitir uma visita à casa de assistência. Para recuperar o pequeno deveríamos receber a visita da Assistente Social pela manhã, mas não existia devolução, se não fosse nosso filho, iríamos ficar com a criança mesmo assim!


Eu perguntei se ela tinha aceitado a proposta. Na mesma hora ela disse não, precisava conversar comigo antes. Poderíamos cuidar com amor de um outro bebê no lugar do nosso filho? Pedi a ela para esperar até conseguirmos falar com a Amélia. Parecia que o bug do VA a pegou também, pois ao ligar para o seu celular dava aquela mensagem: “Este aparelho está desligado ou fora da área de cobertura.” Na casa dela chamava, mas ninguém atendia.


Mal desliguei o telefone, a Giuliana já queria saber das novidades. Contei tudo e principalmente da minha esperança em confirmar ser o pequeno a criança encontrada pela Assistência Social. Só podia ser ele!


Ao lado do ginásio fica um bar chamado Lazer no Campus e fui até lá com a Brenda. Depois de tudo o que a ela fez por mim, o mínimo era pagar um café para ela em agradecimento.


Sentamos enquanto ela tomava o café. E minha amiga lançou outra bomba: “Estou me mudando amanhã para a Enseada Belladona, recebi uma proposta de emprego por lá.” Fiquei triste, mais um bom amigo iria mudar de cidade. Não resisti e perguntei por quê.


Ela foi totalmente franca: “Eu tinha esperanças do Kléverson me convidar a morar com ele, assumir nosso relacionamento, mas ele disse não estar preparado para assumir responsabilidade nenhuma agora. Eu preciso me valorizar, mas não resisto ao charme dele... Achei com que uma mudança de cidade poderia esquecê-lo mais rápido.”


É nem todo mundo tem a minha sorte no amor. Não sabia nem o que dizer. Apenas
esperei ela largar a xícara de café, a abracei desejando boa sorte e agradecendo pelo empenho em me ajudar.


Eu resolvi conversar com o barman, a Amélia costumava ir ali para tocar guitarra e ganhar uns trocados. Quem sabe ele a havia visto? Não tive chance de ouvir a resposta, algo muito estranho estava acontecendo comigo.


Umas estrelas começaram a me envolver e embora eu pudesse ver o barman, não podia escutá-lo. De repente um tubo de luz amarela me envolveu e percebi meu corpo sumir no espaço! Eu estava apavorado... Se eu sumisse o que seria da minha família?


2 comentários:

  1. Quanta angustia Forte... tantos lugares, tantas pessoas e poucas informações... =/
    Não vejo a hr de vc encontrar seu Diamante.


    ;*

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  2. Nem me fale, Deka! Esta busca me deixou tonto de tanto percorrer a Universidade e não conseguir praticamente nada...

    Um Forte abraço!

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