quarta-feira, 16 de março de 2011

Bruxos, Aberrações e Afins...

Num passe de mágica (tá, não existe esta expansão no sims2, mas com o VA já é possível fazer mágica!) eu surgi num quarto desconhecido. Tinha uma sim muito estranha olhando para mim, como se tudo aquilo fosse bem normal. Só se for para ela!


Eu fiquei apavorado com aquilo. Sei, não honrei meu nome... Aquela sim só podia ser uma bruxa, embora parecesse bem normal. O que eu poderia fazer contra uma bruxa e sua varinha? Ela veio para cima de mim e naquele momento um outro sim apareceu no quarto. Ele não gostou nada de me ver por ali...


O cara pegou uma varinha e começou a fazer um feitiço:
“Pelo tempo, nos movemos para frente e para trás
(Para outros bruxos, não é nada demais).
Por um momento o tempo pára,
Interrompendo qualquer efeito.
Tempus interruptus: Assim se dá um jeito!”
Era um outro bruxo! E parecia normal também. Eu pensava que eles eram todos verdes ou “purpurinados”.


Eu bem tentei sair de fininho, meio à francesa... Mas o feitiço me pegou e eu virei estátua! Não conseguia me mover. O tique-taque do meu relógio parou. Eu podia ouvir como num sonho os dois atrás de mim.


Enquanto eu fiquei ali parado: os dois discutiram por minha causa. Ela queria me ajudar a encontrar o pequeno me transformando em bruxo também. E ele achou aquilo tudo ridículo e disse que iria me fazer sumir da vida deles quando o tempo voltasse! Depois de muito discutirem, eu ouvi uns sussurros de prazer, parecia um amasso. Escutei os gemidos dos dois namorando na cama; por fim as luzes se apagaram e só restou ressonar deles...


Quando o efeito do feitiço passou, percebi meu relógio voltar a andar. Ainda eram vinte para as oito da noite. Os bruxos estavam dormindo. Nem pensei duas vezes, saí de lá correndo!


Eu ainda estava tentando me localizar e corri para a casa vizinha. Tinha um jovem sim do lado de fora, então fui perguntar para ele qual era aquela rua. Quando falou o nome da rua, eu me toquei: estava bem atrás da República Salgueiro, onde passei meus dois primeiros anos da universidade. Contei a história de como eu havia sido teletransportado pela bruxa da casa ao lado.


Então ele disse: “Ah, estes dois aí do lado não são de nada! Ainda não decidiram se querem ser do mal ou do bem, para mim vão acabar se tornando bruxos neutros.” Eu não entendi nada, bruxo bom, mal, neutro... Mas não quis perder mais tempo. Percebi que estava nos fundos da República onde morei, ia me despedir e procurar o Olívio por lá.


Quando me virei dei de cara com uma vampira! Eu me afastei devagar. Se ela resolvesse dar a mordida fatal, ainda podia contar com a ajuda do...


Olhei para o lado e me senti perdido! O cara começou a uivar. Era um lobisomem disfarçado.
Será que ele se depilou? Ui!


Eu estava cercado, não sabia o que fazer: de um lado um lobisomem, do outro uma vampira. Só pensava em fugir dali! É, daqui a pouco vou ter que trocar de nome...


A vampira se transformou em morcego e eu fiquei completamente arrepiado. Ai! Para mim, o morcego é o bicho mais horripilante do mundo. Uma vez senti a textura da asa, é mais nojenta que geleca e ainda por cima gruda. Aprendi a nunca entrar numa caverna com os cabelos descobertos! Vi minha chance de fugir quando o morcego voou para longe. Saí correndo e deixei as duas aberrações para trás.


Na casa ao lado eu encontrei a Amora (a Plantasim), mas foi o bolo na frente da planta-vaca a atrair meu olhar. A esta altura eu estava morto de fome e meu estômago roncava alto!


Nem perdi tempo fui direto ao bolo. Parecia delicioso, como a comida da Cristal. Todo sim sabe que o bolo da planta-vaca é um chamariz, ainda mais um membro da sociedade, mas era como se estivesse hipnotizado: “coma o bolo, coma o bolo, coma o bolo...” Nem pensava direito, só queria comer o tal bolo.


Estava prestes a pegar o bolo quando um zumbi gritou comigo e veio na minha direção. Como se eu acordasse de um pesadelo, desisti do bolo e olhei para o cara. Desta vez não fiquei apavorado. Plantasims são totalmente do bem, sei disso porque já fui um! Eu podia dar conta de um zumbi no mano a mano. E me preparei para a luta.


Entretanto a Amora correu na minha frente gritando: “Ele é do bem! Ele é do bem!” E continuou: “Sei que zumbis deixam as pessoas um tanto nervosas... Mas ele é meu noivo. Queria apenas te avisar para não comer o bolo da planta-vaca. Foi assim que ele morreu!”


Caraca! Fiquei super sem graça. O cara queria me ajudar e eu tentando acertar um soco nele. E o zumbi era mesmo do bem, aceitou minhas desculpas numa boa, compreendia o meu receio ao vê-lo. Sabia até do meu problema com o Diamante sumido e ainda me cumprimentou desejando boa sorte!


Depois de toda a confusão eu me despedi da Amora com um beijo no rosto e fui direto pelo gramado até a República, pois ficava bem atrás da casa deles. Entrei pelos fundos e dei de cara com o Olívio, perguntou se eu já tinha alguma notícia do pequeno.


E claro: eu não tinha! Depois de vinte minutos correndo para lá e para cá de uma aberração a outra, eu estava até com raiva de tanto tempo perdido! Ah, se eu pego aquela bruxa sem a varinha... Então ele me chamou para jantarmos. Aceitei na hora, afinal estava faminto!


Perguntei se ele já tinha um lugar para ficar. Tinha certeza que iria para Bela Vista, pois a Acácia já estava morando lá e meu amigo ainda não tinha desistido de reconquistá-la.


O Olívio respondeu: “Vou morar com o Kléverson. Ele alugou um apartamento num condomínio novo em frente ao Bosque e precisa de alguém para dividir o aluguel. O melhor é a vizinha. Adivinha? A Acácia! Tudo bem, ela está morando com o novo namorado, mas vou estar bem ali. Todos os dias ela vai me ver saindo para trabalhar e lembrar do quanto me amou!”


Eu não pude deixar de comentar: Ela vai acabar é mudando de lá!
E o Olívio replicou: “Quem vai mudar é o namorado! Logo, logo vai perceber o quanto a Acácia ainda me ama! E eu vou ser convidado a morar com ela no dia seguinte.” O cara estava mesmo empolgado! Eu nem quis falar mais nada sobre o assunto. Só espero que não pise na bola com a Acácia novamente, ela não merece.


Por fim ele terminou o jantar antes de mim e pediu licença para cuidar da bagagem. Queria se mudar amanhã bem cedo. Fiquei ali sozinho. Tentando engolir aquela comida. Eu estava com muita fome, e havia comido na cantina da República milhões de vezes. Mas minha esposa me acostumou muito mal, sua comida é deliciosa e agora não consigo comer mais esta gororoba da cantina. Meu paladar está apurado demais...


Eu precisava ir ao banheiro antes de sair, na volta passei pelo corredor e dei de cara com o fantasma da República! Ele estava tentando me assustar. A esta altura, depois de tudo que passei, já estava anestesiado. Nada mais me assustava. Andei na direção dele disposto a descobrir como morreu e virou fantasma lá da República.


De início ele fingiu não ter me ouvido. Acabei conquistando o cara e ele contou como morreu: andava triste, pois não teve grana suficiente para reviver a namorada que havia sido comida pela planta-vaca da sociedade secreta. Um dia, deitado na grama olhando para o céu, um satélite caiu em cima da cabeça dele. Agora ele anda pela República tentando descobrir um jeito de reencontrar a namorada. Mais uma história de amor sem final feliz.


Saí da República e fui caminhando até a casa da Amélia. Estava pensando, se eu encontrasse a lápide da namorada do Fantasma, eu podia movê-la para a República... Eu estava cheio de preocupação e ainda ficava pensando nos problemas de um fantasma!


Amélia me cumprimentou um tanto agitada, chegara há poucos minutos, mas já havia falado com a Cristal. Ela me convidou a sentar para contar sobre a madrugada de ontem.


A princípio se desculpou, pois presenciou fatos muito importantes para minha família e não conseguiu falar conosco antes. Amélia foi ao casamento de uns amigos em outra cidade e teve que sair muito cedo. Nós ainda não estávamos em casa quando ela saiu e o celular fica fora da área cobertura em outra cidade.


Finalmente contou o que viu: “ontem eu voltei da festa da toga antes do final. O Castor estava torto de bêbado e disse que não iria a casamento algum comigo! Larguei ele lá e vim caminhando para casa, quando vi a assistente social pegando o Diamante no colo.”


“Ela o estava colocando na van azul. Naquele momento eu pensei: onde estão o Forte e a Cristal? Porque o pequeno está aqui sozinho? Aí, perguntei a assistente social para onde o estava levando. Ela foi grossa, nem se virou para falar comigo, mas disse que o levaria para a casa nova.”


“Pensei realmente que a casa nova era onde vocês estavam morando. Tentei ligar só para saber se o pequeno havia chegado bem, assim como vocês! Quando cheguei a casa, o Castor estava sentado na porta preocupado comigo (ele não se lembrava do casamento) e com o sumiço do Diamante.”


Quando ela terminou o relato, pude entender seu motivo para não ficar preocupada. Mesmo assim, se tivéssemos falado com ela cedo... Ah deixa para lá. Nem adianta chorar pelo leite derramado. Pedi para usar o telefone. Precisava falar com a Cristal.


A esta altura minha esposa, embora tivesse medo de não ser nosso pequeno a voltar para casa, já tinha ligado para a Assistência Social e aceitado a sua proposta.


Eu realmente fiquei um tanto ansioso: E se não trouxessem nosso filho amanhã? Mas a esta altura era a única chance de recuperar o Diamante. Ele realmente estava na Assistência Social. Por fim me despedi dos meus amigos e fui.


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